“Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos.” Mt 11:18 e 19Lendo este texto do evangelho de Mateus parei por um instante para pensar o quão é difícil viver uma vida cristã e agradar os homens ao mesmo tempo. Por certo isso nunca será possível, pois o critério de julgamento humano é desleal e maldoso. Observe a colocação de Jesus quando faz menção de João Batista que o antecedeu e Dele mesmo, é como se dissesse: João veio, vestia-se pele de camelo, vivia no deserto, se alimentava de mel e gafanhotos, não usurpava posição e não usava de meias palavras e disseram que era endemoniado. Vindo Jesus, pregava um evangelho de paz, comia com os pobres e curava a todos a quem encontrava, e o julgavam dizendo é comilão, é beberrão. Afinal de contas quem é realmente bom? Aos olhos dos homens parece que ninguém é ou será realmente bom, sempre haverá quem nos critique ou discorde de nossas atitudes por melhor que tentemos fazer. Melhor é manter os olhos bem firmados as escrituras que dizem: “Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus” Ef 6:6, pois assim não seremos confundidos. Por mais incrível que pareça é dentro do convívio mais próximo e íntimo que mais somos cobrados e se somos cristãos essa cobrança se tornará ainda mais intensa, pois na verdade o mundo quer ver Cristo em nós através da nossa vida e não de nossas palavras. O testemunho é nossa maior defesa e o fruto do nosso trabalho no Senhor os nossos melhores argumentos. Não há garantia de que os homens compreenderão nossas iniciativas, atitudes e decisões sempre, nem que reconhecerão nossos esforços, mas é certo e inquestionável que há galardão reservado para aquele que se compromete em ouvir e obedecer a voz de Deus. Se Jesus desse ouvidos aos acusadores a humanidade estaria perdida, porque não faltou quem o acusasse. Se Jesus esperasse apoio e companhia, seria o nosso fim, pois até os próprios discípulos o abandonaram no momento mais difícil de sua vida na Terra. Se Jesus dependesse de alguém para incentivá-lo a continuar, para cobrar Dele uma vida de intimidade com Deus, ou até mesmo para desabafar, certamente se sentiria abandonado, porque ninguém tinha um conhecimento tão profundo do coração de Deus que pudesse entendê-Lo. Mas Ele tinha um objetivo, uma comunhão profunda e um desejo extremo de fazer a vontade do Pai e isto foi determinante para que a profecia se cumprisse. Não há outro método! Não podemos olhar para direita nem para a esquerda, porque “mil cairão de um lado e dez mil do outro, mas nós não seremos atingidos” Sl 91:7, e quando digo isso falo de homens e não de demônios porque não andamos na companhia deles. Se pudermos permanecer firmes até o final, nossa recompensa será a coroa da vida. Seja forte!
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