quinta-feira, 10 de março de 2011

FÉ NA AFLIÇÃO

“E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão, e foram ambos juntos.” Gn 22:6
Há provisão em meio ao fogo da aflição. Observe a postura adotada por Abraão quando foi desafiado por Deus a fazer uma entrega absoluta. Analisando a vida de Abraão à partir do momento em que aceitou da parte de Deus o desafio de sair e ir, podemos ver que em muitas e muitas situações foi provado, desafiado e sua atitude nos ensina através de suas decisões a difícil tarefa da “espera”. O primeiro desafio foi ouvir o convite de Deus: “vá para uma terra onde eu te mostrarei”, ele não sabia que terra era aquela, como faria para chegar até lá, nem tampouco de que forma isso aconteceria, mas de pronto decidiu aceitar o convite e provar da fidelidade de Deus. Sendo Sara sua mulher estéril e ele mesmo já avançado de dias, foi desafiado mais uma vez a ser “pai de uma multidão”, a visão terrena que Abraão tinha era de um homem velho e de uma mulher também velha e ainda estéril, mas novamente acreditou na promessa e não permitiu que as circunstâncias lhe roubassem a certeza de que o Deus que faz alianças, nunca deixa de cumprir com Sua Palavra. A espera foi recompensada pelo nascimento do menino Isaque, a alegria daquela casa, de sua mãe e regozijo de seu pai Abraão, até o momento em que Deus exige dele uma entrega absoluta, uma fé plena, uma confiança total. Deus lhe pede o menino e Isaque e, sem consultar ninguém aceita mais uma vez acreditar e confiar. Quando Abraão avistou o monte Moriá, ele não sabia que havia provisão para ele lá, apenas conseguia contemplar pela fé algo maior “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.” Jo 8:56. Abraão contemplou não só o lugar do sacrifício, mas diz o texto que ele se alegrou e exultou por que anteviu o Cordeiro que seria morto e por intermédio Dele salvaria toda a humanidade. Até aquele momento não se havia ouvido falar em ressurreição na Bíblia, mas Abraão pode acreditar que era possível, porque no alto do monte ele viu a morte e ressurreição de Jesus e pode crer que Deus haveria de prover o livramento. Esta visão de fé e certeza de Abraão não o fez voltar, mas o impulsionou a prosseguir e ele foi até a última etapa do sacrifício. Ele creu que mesmo que houvesse apenas o fogo da aflição e as cinzas da tristeza, ainda assim Deus poderia trazer de volta o menino. O que fez Abraão crer e perseverar foi a certeza e convicção da fidelidade de Deus, certeza essa que não era fruto de fatos, mas de uma vida de intimidade e experiências profundas com Deus. Deus nunca havia falhado, sempre se mostrou fiel e naquela hora não seria diferente. No momento exato, quando Abraão ia baixar o cutelo e sacrificar o rapaz, o anjo bradou e o cordeiro se apresentou para o sacrifício. Essa é a verdade que deve queimar em nossos corações. Deus é fiel e nunca falha em cumprir suas promessas, basta a cada um de nós continuarmos subindo e acreditando que Jeová Jiré proverá. Ele nunca falhou com você e não falhará. Descanse nessa verdade!

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