terça-feira, 6 de setembro de 2011

QUANTO VALE SUA PAZ?

“Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo” Mc 12.42
Este texto é maravilhoso e muito utilizado para explicar o principio da oferta que agrada a Deus, e de fato o exemplo desta viúva constrange nossos corações. Duas pequenas moedas, com um valor monetário tão insignificante aos olhos dos homens, mas carregada de um peso de adoração que faz ecoar até hoje a atitude daquela mulher.
Aquela mulher nos ensina mais do que ofertar ou dizimar, ela nos ensina a “adorar por inteiro” e com isso demonstrar o desejo de agradar só a Deus e depender só Dele. Talvez muitos ali estivessem interessados em cumprir um ritual e serem notados pelos demais, ela não, apenas queria agradar a Deus, e para isso precisava fazer uma entrega plena, completa e única. Moedas - foi o que ela escolheu para adorar a Deus – duas moedas que encheram o céu de adoração. Muitos pensam que Deus se alegra com moedas, porque foi o que a viúva escolheu como instrumento de adoração, mas moedas também podem ser instrumento de morte, depende de quem as possui. “E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.” Mt 27.5. Este é o desfecho da triste história de Judas. Ele tinha mais moedas que a viúva, no total eram 30 moedas de prata, valiosas, e este foi o preço que ele estipulou para trair Jesus. Judas tinha uma pequena fortuna na sua mão e poderia dar a elas o destino que quisesse, mas não tinha paz para usufruir da recompensa da sua traição. Ele até tentou “E os príncipes dos sacerdotes, tomando as moedas de prata, disseram: Não é lícito colocá-las no cofre das ofertas, porque são preço de sangue.” Mt 27.6, mas aquela oferta estava comprometida pela intenção de um coração traidor. Podemos fazer aqui uma comparação entre quantidade e qualidade, e chegaremos à conclusão que o pouco da viúva valia mais que o muito do Judas, mas há uma mensagem ainda mais profunda que podemos extrair destes textos – o que determina o valor de nossas ofertas é a motivação em fazê-las. Quando falo em ofertas, falo mais do que de dinheiro, bens, patrimônios, me refiro a valores, princípios, integridade. Nós adoramos apenas a Deus, mas podemos ofertar sempre a Deus e aos homens. A pergunta que quero fazer é: Você tem aberto mão do pouco com amor para alegrar a Deus e aos homens ou tem vendido Deus e as pessoas para manter o muito nas suas mãos? Muitas mulheres vendem seus maridos por bem menos que 30 moedas de prata, maridos leiloam suas esposas para manter as moedas nas mãos, filhos abrem mão de seus pais em troca de moedas e amigos traem amigos fascinados pelo brilho das moedas, mas elas de nada valem. As moedas da viúva tiveram como destino o altar do Rei e as moedas do Judas terminaram sem destino nenhum lançadas no chão, amaldiçoadas. A viúva até hoje é lembrada com louvor e Judas até hoje é o maior exemplo da traição. Para um honra e para o outro a forca. Só quem sabe dar o destino certo às suas moedas preciosas, sejam elas poucas ou muitas, pode experimentar a verdadeira paz. Pense nisso!

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